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Mostrando postagens de junho, 2010

Catracas Invisíveis

É sábado à tarde. Eis que surge a portaria do condomínio. Todos tiveram que descer do carro para fazer cadastro, tirar foto para registro, diante de tanta segurança, revistaram o carro? Não, mas como não! (frase de indagação irônica) Olhando aquilo percebi que o que faz do mundo tão violento e desconfiado são essas “catracas” ilusórias que faz o individuo achar que está protegido. Lembro-me de quando era criança, meus pais pagavam aqueles guardas noturnos que passavam pelas ruas nas madrugadas. Hoje não tem mais aqueles “guardinhas”, hoje são catracas, muros, grades. Provavelmente seja por isso que as pessoas sentem medo de cumprimentar umas as outras. Entrando naquele mundo fechado, triste, olhares distantes. Aquela noite foi agradável, com chandon, uma decoração maravilhosa, a estrutura metálica era igual a uns oito meses de trabalho, com ostras, salmão. Enfim... Estou lendo um livro de Forbes, Jorge “Você quer o que você deseja?” e naquela noite eu queria estar com esse livr

Dilema - 2Friends

Música Dilema (Paula Cavalciuk e Vinicius Lima) A luz do dia a me dizer Levante e faça acontecer Um banho quente a dissolver algumas dúvidas Borbulha uma mente tão confusa No chocolate me lembrei dos seus cabelos Que vão e vêm tão lindos com o vento Lábios divertidos que me fazem rir E logo não tenho pra onde ir (Refrão) É um dilema todo dia Seu olhar me desafia Não sei se é medo, mas coragem eu não tenho Então mantenho meu segredo Na aula um caderno rabiscado me aparvora Alguém abriu e a contracapa agora mostra Um coração alado e duas iniciais Início do que eu quero que aconteça no final Calçadas num instante viram nuvens E meu telefone agora é música O mundo desaba em minha cabeça Mas eu nem ligo, só quero que você aconteça (Refrão) É um dilema todo dia Seu olhar me desafia Não sei se é medo, mas coragem eu não tenho Então mantenho meu segredo (Solo) Calçadas num instante viram nuvens E meu telefone agora é música O mundo desaba em minha cabeça

Permita-se.

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Na realidade, nada dura eternamente. O eternamente me parece vago demais, morre-se a cada segundo, parte de nós fica para trás, e o eternamente onde está? Alguns momentos se estendem mais do que outros, o que não quer dizer que sejam inesquecíveis. Os melhores momentos estão contidos em frações de segundos em lugares simples com pessoas nobres de alma. O que realmente é importante nós nunca poderemos tocar, sentimentos não são algo que se possa mudar, tudo aquilo(material)que se contrói hoje pode sim desmoronar sob nossas cabeças amanhã. Permita-se amar, permita-se construir aquilo que o vento forte em sua janela jamais abalará, permita-se sentir, PERMITA-SE VIVER! VAMOS VIVER !!!

Eu, etiqueta

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Em minha calça está grudado um nome Que não é meu de batismo ou de cartório Um nome... estranho. Meu blusão traz lembrete de bebida Que jamais pus na boca, nessa vida, Em minha camiseta, a marca de cigarro Que não fumo, até hoje não fumei. Minhas meias falam de produtos Que nunca experimentei Mas são comunicados a meus pés. Meu tênis é proclama colorido De alguma coisa não provada Por este provador de longa idade. Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, Minha gravata e cinto e escova e pente, Meu copo, minha xícara, Minha toalha de banho e sabonete, Meu isso, meu aquilo. Desde a cabeça ao bico dos sapatos, São mensagens, Letras falantes, Gritos visuais, Ordens de uso, abuso, reincidências. Costume, hábito, permência, Indispensabilidade, E fazem de mim homem-anúncio itinerante, Escravo da matéria anunciada. Estou, estou na moda. É duro andar na moda, ainda que a moda Seja negar minha identidade, Trocá-la por mil, açambarcando Todas

Valor Agregado.

Era uma manhã qualquer de domingo em que eu seguia tranquilamente minha rotina: acordar mais tarde, tomar café-da-manhã sem pressa, preguiça de pensar no almoço, quando a portaria do prédio informa: “Dona, sua revista chegou, posso levar?” Eis que uma multidão de pensamentos e questões invadem o pensamento quando percebo que, além da Veja tradicional e da Veja SP, recebo também a “Edição Especial – Veja São Paulo viaja no luxo”. Minha primeira reação foi “Oi? Que viagem é essa?” A surpresa só aumentou quando, ao abrir o exemplar, fui invadida por uma enxurrada, de Chanel, Ferrari, Luis Vitton, Prada, Porsche, Rolex e afins. Avaliando tudo isso e, claro, lendo cada informação de um mundo surreal em que uma passagem ida e volta – Brasil/Dubai da Emirates Airline custa, em média 25 mil reais, a sequência do pensamento foi inevitável: ok, lá vamos nós para mais uma lição (ou não) de valor agregado. E foi assim que ‘emperrei’ na seguinte pergunta: afinal, o que é e quando o produto/serv

E tudo mudou

O rouge virou blush O pó-de-arroz virou pó-compacto O brilho virou gloss O rímel virou máscara incolor A Lycra virou stretch Anabela virou plataforma O corpete virou porta-seios Que virou sutiã Que virou lib Que virou silicone A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento A escova virou chapinha "Problemas de moça" viraram TPM Confete virou MM A crise de nervos virou estresse A chita virou viscose. A purpurina virou gliter A brilhantina virou mousse Os halteres viraram bomba A ergométrica virou spinning A tanga virou fio dental E o fio dental virou anti-séptico bucal Ninguém mais vê... Ping-Pong virou Babaloo O a-la-carte virou self-service A tristeza, depressão O espaguete virou Miojo pronto A paquera virou pegação A gafieira virou dança de salão O que era praça virou shopping A areia virou ringue A caneta virou teclado O long play virou CD A fita de vídeo é DVD O CD já é MP3 É um filho onde éramos seis O álbum de fotos