Apegando-se (Sidnei Oliveira)


Eu sei que plagiar é feio, imoral e desonesto e pode até rolar um processo nisso, mas gostei do texto do Sidnei Oliveira.
Apegando-se às pequenas coisas (Sidnei Oliveira - é expert em jovens talentos e conflitos de gerações. Consultor, palestrante e autor dos livros da série “Geração Y”).
Não se apegar às pequenas coisas. É assim que geralmente escutamos a frase. Material ou sentimental, esse conselho se resume em não dar mais valor a algo do que o mesmo realmente valha. Mas foi justamente em uma dessas reflexões inutilmente interessantes que passei a me questionar se essas pequenas coisas não poderiam fazer uma grande diferença em nossa vida, sem que percebêssemos.
Vamos fazer um rápido exercício. Entre chefe, salário e ambiente profissional qual deles tem maior influência sobre a sua felicidade?
Se ambiente profissional foi sua última escolha, tente se aprofundar um pouco mais nesse conceito para ter certeza de que essa será sua resposta final. Vamos contextualizar um pouco mais.
Por que normalmente nossa cama é o lugar que melhor nos acolhe? Porque tem nosso cheiro, nossa forma, certo? Por que é tão bom se sentir em casa quando a casa nem é nossa? Parece que ficamos mais à vontade e aproveitamos mais aquele momento. No dia a dia profissional é a mesma coisa. Quando nos sentimos à vontade, produzimos mais e melhor. É natural do ser humano ter essa necessidade de se sentir pertencente a um lugar ou grupo.
Às vezes, você pode conseguir essa sensação simplesmente pelas pessoas que estão ao seu redor, mas pode ser que não consiga. Se você é do tipo que se pergunta por que aquela pessoa que senta perto de você tem tantas coisas pessoais em sua mesa, tente olhar a situação por esse lado e reflita.
Quais são as pequenas coisas que você tem vergonha de se apegar com medo do julgamento dos outros? Quais aspectos externos te ajudam a buscar sua motivação diária? Um quadro de fotos com sua família na mesa do escritório? O café da tia da copa?
Motivação é uma coisa que não se pode dar a ninguém, ela está dentro de cada um de nós, e com o tempo, aprendemos não só a detectar, mas a ir atrás de coisas e pessoas que nos ajudem a sustentá-la.
E se esse seu auxílio vem das pequenas coisas, que bom! Apegue-se a elas, pois você encontrou parte de sua inspiração e fonte de energia, ao contrário de quem nem as tem, com receio de contrariar um ditado tão antigo e que não precisa ser necessariamente interpretado da maneira mais óbvia.
Se as pequenas coisas geram grandes resultados motivacionais, imagine o que irá proporcionar se a afeição for relacionada a alguém. Por exemplo, faça uma busca na memória e detecte os melhores momentos da sua vida. Estava na companhia de amigos, certo? Fazer amizades no trabalho, local onde passamos a maior parte do nosso tempo, nos aproxima ainda mais do ambiente profissional, e, consequentemente, ajuda a tornar o cansativo e frenético dia de trabalho mais agradável. Claro que isso não significa passar horas de papo pro ar com o colega. Pelo contrário, o incentivo às amizades desenvolve os relacionamentos e reforça o nosso desempenho diário.
Um dos maiores desafios profissionais de hoje é encontrar o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. Vejo que essa busca é mais prioritária em profissionais mais jovens do que nos mais veteranos.
Essa diferença de percepções e prioridades tem provocado, algumas vezes, julgamentos equivocados de gestores, que, acreditando tratar-se de um comportamento improdutivo, intensificam seus processos de controle. Isso provoca desmotivação, que acaba por comprometer a própria produtividade.
Temos que nos empenhar em descobrir o grande valor das pequenas coisas, para que sejam transformadas em grandes potencializadores de resultados.

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