A cor preferida da menininha



Ela sentiria sua falta mesmo se não tivesse te conhecido.

Na postagem anterior postei um texto de uma menina que inventava o amor e que vivia tentando descobrir qual era sua cor.
Nessa postagem vou contar outra estória de uma menininha que achou a cor e o cheiro da paixão. Ela se apaixonou.
O seu amor não só tinha cor, como som e gesto também. Ela só não sabia se era amor ou paixão. Qual a diferença, quem podia lhe dizer? A única coisa que ela sabia é que foi o amor mais colorido e cheiroso que já havia sentido.
Algumas vezes teve cheiro de peixe. É isso mesmo peixe, mas era o cheiro de peixe mais cheiroso que ela já havia sentido.
Ela ficaria horas, admirando as cores do seu amor e o som do seu jazz, o seu som africano e até mesmo seu som francês, mesmo não entendendo absolutamente nada.
Quando ela se pegava rindo sozinha podia saber que estava pensando nas cores do seu amor inventando mais que real. Quando olhava a Lua, cerveja Sol, pedras, quando sentia o cheiro de peixe, uma mesa de sinuca, ouvia jazz. Quando se olhava no espelho e via seus olhos, ela se lembrava de como as cores daquele amor haviam afetado sua vida.
Mas era um amor impossível.
E como tudo na vida tem um fim, com aquela cor não foi diferente. O amor dela não acabou, mas teve que ter um fim. Ela é uma menininha forte, mas aquele dia ela chorou.
Ela sabia que aquela cor não era dela e o vazio que ela sentiu somente ela pode descrevê-lo, mas vou tentar.
Sabe quando você sente que aquilo precisa ir? Pois bem, era assim que ela se sentia, mesmo não querendo. Ao mesmo tempo em que ela sentia que havia acabado, sentia que tinha algo a mais, é como um ciclo que precisava ser terminado e que não terminou, mas precisa.
Ela ficou em uma noite pensando em uma solução, mas a única solução era o fim porque não tinha cabimento aquela paixão. Foi isso que ela fez.
Sua cor predileta dizia que ela podia ter a cor que quisesse, mas a única cor que ela queria era aquela. Aquela cor fazia da menininha, a menininha mais feliz.
Perguntei á ela o que ela sentia, e os olhos dela brilhavam, seu sorriso se abria e ela respondia que quando estava com sua cor ela se sentia mais do que feliz, mais do que desejada, mas do que querida. Percebi que aquela menininha estava apaixonada.
E ela completou dizendo que guardaria aquela cor para sempre, mesmo ainda estando tristeza. Ela falava isso com sorriso nos lábios e lagrimas nos olhos, mas se percebia que estava muito feliz.
Mas enfim, um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Ela abraçou sua cor como nunca havia feito.

Comentários

  1. Olha princesa, não vou ter tempo de ler agora pq tenho que ir trabalhar. Mas quando eu voltar eu leio e comento.

    Bjos

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