Licença para entrar.

Peça licença antes de invadir um coração. É isso mesmo, não adianta dizer que não fez de propósito ou coisa e tal. Com o mesmo impulso que entras, a urgência da saída gerará traumas, dores, arrependimento. Pense muito bem antes: o terreno é sensível, requer cuidados tão essenciais e podes não estar preparado (mais uma vez). Até mesmo uma palavra dita na hora errada é capaz de minguar sentimentos. Isso é triste demais.

Limpe os pés antes de caminhar sobre o coração escolhido. Se possível, venha descalço. O sapato trará sujeiras do passado que devem ficar guardadas somente no ontem. Embaixo do tapete talvez não funcione. Caminhe com calma, reconhecendo cada pegada. Elas são tuas, apesar de outras pessoas marcarem o caminho. Um dia, tudo some e cada passo terá o valor merecido.

Escolha a roupa mais simples antes de se apresentar. Um coração novo, não precisa de luxo, nem de muitas combinações. Apenas daquilo que é verdadeiro. Simplicidade é aceitar, com calma, o desconhecido. Eis um músculo habilidoso para tal missão.

De repente, ele se acostuma tão rápido que ausência é sentida mais rapidamente. Saudade é estado de espírito na primavera dos encontros. Sensação, que um dia todos sentem, de peito ardendo e garganta fechada, ruim até mesmo para engolir saliva.

Quando escolher um coração não tenha pressa e nem noção de espaço ou tempo. Guarde o relógio, pouco útil será. Nem faça planos, eles podem cair por terra a qualquer momento. Qualquer local terá um sabor diferenciado, mas só me ligue se tiver vontade. Nunca será tarde para te atender ou ler uma mensagem qualquer.

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