Vazio.


Uma peça de teatro da Cia. Retalhos da Memória que apresentar diversas formas o vazio na nossa alma, do ser humano.
Somos seres que muitas vezes desistimos por medo de amar, porque dentro do amor há gotas de sangue e que doem. Podemos enxergar o horizonte com olhares alem dos olhos humanos, buscando respostas que quase nunca achamos.
Somos vitimas ou causadoras do desejo.

Em uma única cena sem uma única palavra, mostra a escravidão, o vazio da época, das lembranças. O vazio que há que nos cerca nosso companheiro enquanto todos querem tudo “para ontem”.

Uma peça emocionante e realista.

Somos resultados de um amor incondicional, sem vazio, sem permissão para o vazio, seja qual for, pois até na busca incessante pela felicidade há o vazio e o que consideramos felicidades fica limitado então.

Essa é uma peça que nos conta a historia de uma cidadezinha que é destruída por uma bomba e o leiteiro acorda cedo e coloca o leite em cada porta, em porta por porta volta para sua casa sem perceber o vazio naquela cidadezinha. Todos apressados para resolver seus problemas, fazer suas tarefas e nem se dá conta do vazio do homem para com o homem, do homem com a natureza, do homem com ele mesmo.
Em nos fica um vazio deixado pelo “adeus”, pela sorte, o vazio da maldade e o mais atrevido e engraçado vazio, é o vazio deixado pelo amor. Alguns são formados pelo vazio dos sentidos.

Chorei vendo essa peça, mas não foi de tristeza, foi por ver o nosso vazio se transformando em formas, gestos e beleza naquele palco de teatro. Ver um dos corpos que constituía aquelas cenas, minha mãe, uma flor de mulher. Apesar do seu vazio é a mulher mais incrível que conheço, com o dom de me fazer feliz e a todos que a cercam.

Parabéns a todos que participam dessa peça. Sucesso.

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