Nossa identidade


Mais uma Quarta-feira que parecia ser normal, foi como todos os dias até ás 16h30. Um funcionário de outra empresa me liga dizendo que um amigo dele iria até a empresa que trabalho para levar o notebook para consertar, passou-se algumas horas e o interfone toca e era o amigo.

Era totalmente diferente do estilo que já havia formado na minha cabeça, ele entrou timidamente conversou com o técnico e sentou no sofá. Ele era exótico, excêntrico um estilo diferente e tinha cheiro de camomila ou erva vidreira, não sei explicar, aproximadamente trinta anos mais velho.Quando olhei pra ele, lembrei do Festival Woodstock em 69. Descobri que ele é professor de História que coincidência, nisso a conversa aconteceu.
Seus olhos brilhavam enquanto falava da profissão, da gratificação e sem me conhecer falava de como fui fraca no primeiro obstáculo e desistir, recuar. Questionou sobre o que via em meus olhos, uma alma boa.
Falou com sorriso nos lábios que não sabia onde queria chegar, mas ele sabia onde estava e estava feliz, se encontrou.
Questionou que alguém quer me conhecer, mas essa pessoa ainda não sabe, mas que tenho muito mais a oferecer, a ensinar do que onde estou agora.
Eu literalmente comia as palavras dele, ansiosa.
Disse-me que não me via aqui onde estou. Falou com toda convicção que havia nele de que se eu não for o que sou aqui ou ali, perco minha identidade e isso não pode acontecer de jeito nenhum. Tenho que estar no lugar em que eu possa ser EU.
Falou algo que me deixou intriga. “Se você é inteligente você é triste”. Como assim, mas enfim.
Disse que se na vida há um período para errar, então esse período era agora enquanto jovem. Sem medo de cair em contradição ou de errar. Se arrisque.
No final ele completou dizendo que sou muito mais do que isso e me abraçou e eu sem pensar duas vezes suguei sua essência.
Foram alguns minutos, mas pareceram horas.
Vivo demonstrando que sei o que quero ou aonde quero chegar, mas no fundo não sei, se confessar isso é fraqueza, então sou fraca.


Percebi que atraio loucos, loucos conscientes. Pessoas que me desafiam.
Sinceramente toda a conversa foi um tapa na minha cara, literalmente falando. Provavelmente vocês estejam confusos sobre o que estou falando é só sentindo pra saber, mas acredito que nada é em vão na vida. Ninguém entra pela nossa porta com bagagens de experiências à toa. Capa pessoa tem algo a oferecer.
Isso é extremamente louco, engraçado, desafiador. Não espero compreensão e nem sou exemplo pra ninguém, pelo que você pode observar sou um tanto diferente, observo coisas e pessoas que vão alem talvez essa seja minha identidade.

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