Meu colírio alucinógeno


É como digo, quer conhecer as pessoas? Então vá viajar com elas.

Alem de você viajar, você também viaja no sentido figurado da palavra, viaja observando as pessoas, seu comportamento, suas maluquices.
Maluquice maior é a minha, por observar as pessoas, pingo meu colírio alucinógeno e viajo observando suas maluquices diárias.
Fui viajar com amigos para Santiago nesse ultimo feriado, alguns amigos de anos, outros de meses, alguns de dias, mas todos amigos com sua peculiaridade.
A frase que mais me passou na cabeça enquanto eu observava é: Não me venha com sua demagogia barata! É lógico em alguns casos peculiares pertencentes a mim.
Como por exemplo, abraços, beijos, carinhos, cafuné em amigas, mas lógico é amiga irmãzinha. Nesse caso pode, é irmã. Enfim, só nesse caso que vinha essa simpática frase na cabeça.
Confesso que as pessoas me surpreendem, é gostoso demais observá-las, ou você gosta mais da pessoa ou começa a ter implicâncias com ela. Isso é extremamente engraçado e desafiador ao mesmo tempo.
O mais gostoso é observá-las enquanto elas discutem, falam suas opiniões e o outro não concorda ou finge concorda. E tem aqueles que nem palpite lançava a não ser quando insistia em dizer que a praia é uma convenção humana. Em que mundo ele vive? Essa afirmação tinha que sair da cabeça de um filosofo, senão não teria graça.
Você observa uma pessoa que leva uma pancada na cabeça enquanto cai da tal banana, ela sai do mar, meio confusa, não sabe nem seu nome direito com o olhar perdido.
Teve a discussão com um cara que ninguém sabe de onde ele surgiu, cara perdido nas idéias, fazendo confusão com as palavras e pessoas, estava bêbado, mas para ele, ele estava são. Apontando o dedo, falando alto como se fosse o dono da verdade. E a pessoa do outro lado é de me admirar, falando pausadamente, tenso, mas sem perder a linha. A sorte daquele cara é que a pessoa do outro lado é pessoa do bem.
Observar o casal no canto da praia fumando um “baseado” observando o mar e com certeza para eles naquele momento a vida era linda, seriam eles felizes?
Observar o movimento enquanto você está indo até o local é mágico, têm os loucos conscientes que vão pedalando na estrada seguindo um destino pertencente a eles, mas que dá uma curiosidade de saber de onde saíram para onde vão.
Tem as casa que encontramos no meio do caminho por força da natureza, em minutos sabemos a vida do dono daquela casa, da tristeza que carrega consigo.
Uma nostalgia lembrando-se dessas coisas.
Pra mim é suficiente só ouvir o mar, senti-lo nos pés. Observá-lo.
Ouvir os garotos tocando violão e cantando totalmente fora de ritmo, mas foi um som bom. Provavelmente eu teria tocado e cantado igual ou pior.
É engraçado como as pessoas se identificam uma com a outra, fizemos “amigos” cantando a musica o Mike de Mosqueiro, cara! Identificamos-nos com aquela turma porque eles cantavam a mesma musica que nós: tcha nana nanana... é estranho.
Observar um grupo de amigos é muito engraçado. Despedimos-nos deles apresentando a baleia branca e a baleia preta.
No final nos dividimos cada um para um lado, cada um com uma idéia da viagem, uma conclusão.
Tem muito mais coisa, mas é irrelevante questionar quando não vai acrescentar em nada, mas no fundo sempre queremos que as pessoas ajam iguais a nós, sempre mantendo a calma. Uma frase que ouvi de um dos amigos foi: Não vamos nos estressar. E geralmente ele tinha razão. Pra que se estressar, quando tínhamos o Mar, amigos, sol e a chuva pra dormir.

Comentários

  1. Extamente não vamos nos estressar, essa foi a palavra mais dita em toda viagem, mas em momentos de confusão como não deixar o extress e a raiva tomar conta de nós, impossivel, mas o que realmente importa foi a frase dita antes de sairmos de perto do tal cara bebado que achava que não estava:
    -EU NEM QUERIA FICAR AI MESMO, JA TOMAMOS BANHO E ESTAMOS INDO EMBORA SEM PAGA..UHU..AVENTURAS NOVAS ADORO!!!!!
    Dani Caruso

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